Conhecimento

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De acordo com Hessen (2000), "Conhecimento quer dizer uma relação entre sujeito e objeto. O verdadeiro problema do conhecimento, portanto, coincide com a questão sobre a relação entre sujeito e objeto."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Na medida que se expõe os mitos nos homens e mulheres, somos convidados a captar em nosso espírito a verdade de nossa realidade e descobrir as razões escondidas por traz dos mitos, uma vez que conscientes nos homens e mulheres buscamos instrumentos para enfrentá-los. (SANTOS, 2005 p. 2). 

SANTOS, Luciana Ferreira dos. Leitura de mundo e multiculturalismo na escola sobre a ótica Freiriana. In: V COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 2005, Recife. Anais.../ Recife: [s.n.], 2005./p. 1-9.

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Quem enxerga no pensamento humano, na razão, o único fundamento do conhecimento, está convencido da independência e especificidade psicológica do processo de pensamento. Por outro lado, quem fundamenta todo conhecimento na experiência negará independência, mesmo sob o aspecto psicológico, ao pensamento. (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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[...] não existe gestão do conhecimento, uma vez que o conhecimento reside nas pessoas. O que pode ser feito é tentar gerenciar a organização de modo a assegurar que o desenvolvimento da aprendizagem e das habilidades seja encorajado e que a cultura organizacional promova o compartilhamento da informação (WILSON, 2006, p. 54).

WILSON, T. D. A problemática da gestão do conhecimento. In: TARAPANOFF, K. Inteligência, informação e conhecimento em corporações. Brasília: IBICT; UNESCO, 2006. p. 37-55. 

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"Chama-se racionalismo (de ratio, razão) o ponto de vista epistemológico que enxerga no pensamento, na razão, a principal fonte do conhecimento humano. Segundo o racionalismo, um conhecimento só merece realmente esse nome se for necessário e tiver validade universal." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Segundo o empirismo, a razão não possui nenhum patrimônio apriorístico. A consciência cognoscente não retira seus conteúdos da razão, mas exclusivamente da experiência." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Uma tentativa de mediação entre racionalismo e empirismo é encontrada na orientação epistemológica que podemos chamar de intelectualismo. Se para o racionalismo o pensamento é a fonte e o fundamento do conhecimento, e para o empirismo essa fonte e fundamento é a experiência, o intelectualismo considera que ambas participam na formação do conhecimento. (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Segundo o apriorismo, nosso conhecimento apresenta, como o nome dessa tendência já diz, elementos que são a priori, independentes da experiência. Essa também era decerto a opinião do racionalismo." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Segundo o objetivismo, o elemento decisivo na relação de conhecimento é o objeto. O objeto determina o sujeito. Este deve ajustar-se àquele. O sujeito, de certo modo, incorpora, copia as determinações do objeto." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Para o objetivismo, o centro de gravidade do conhecimento está no objeto. O reino objetivo das idéias ou essencialidades é, por assim dizer, o fundamento sobre o qual se assenta o edifício do conhecimento." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Para Hessen (2000), "Por realismo entendemos o ponto de vista epistemológico segundo o qual existem coisas reais, independentes da consciência. Esse ponto de vista é suscetível de diversas variações. A variante que tanto histórica quanto psicologicamente dá origem às outras é o realismo ingênuo."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Para Hessen (2000), "Chamamos de idealismo metafísico a concepção de que a realidade está baseada em forças espirituais, em poderes ideais."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Enquanto o idealismo subjetivo parte da consciência do sujeito individual, o idealismo objetivo toma como ponto de partida a consciência objetiva da ciência, tal como se expressa nas obras científicas." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Hessen (2000) conceitua que "O fenomenalismo (de phainómenon, fenômeno=aparência) é a teoria segundo a qual não conhecemos as coisas como são, mas como nos aparecem. Certamente existem coisas reais, mas não somos capazes de conhecer sua essência."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Conhecer significa apreender espiritualmente um objeto. Essa apreensão, via de regra, não é um ato simples, mas consiste numa multiplicidade de atos. A consciência cognoscente deve, por assim dizer, rondar seu objeto afim de realmente apreende-lo." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Para Hessen (2000): "Um conhecimento intuitivo é um conhecimento, como o nome já diz, pelo olhar. Sua característica consiste em que, nele, o objeto é imediatamente apreendido, como ocorre principalmente na visão."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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O princípio de contradição, por exemplo, afirma que entre o ser e o não-ser existe uma relação de mútua exclusão, que é como que vista espiritualmente por nós. Assim sendo, no princípio e no final de nosso conhecimento existe uma apreensão intuitiva. Tanto o dado imediato de que parte nosso conhecimento quanto os princípios últimos que constituem seu fundamento são apreendidos de modo imediato, intuitivo. (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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O processo de gestão do conhecimento é uma interação contínua, persistente, proposital entre os agentes humanos baseados em uma gestão participativa (manipular, dirigir, governar, controlar, coordenar, planejar, organizar, facilitar, permitir, e capacitar) de outros agentes, componentes e atividades que participam do processamento básico de conhecimentos (produção de conhecimento e integração de conhecimento), com o objetivo de contribuir para a criação e manutenção de um sistema orgânico e unificado, produzindo, mantendo, aumentando, adquirindo e transmitindo a base de conhecimento da empresa (FIRESTONE e MCELROY, 2003, p.71).

FIRESTONE, J. M.; MCELROY, M. W. Key Issues in the New Knowledge Management. Burlington: Elsevier Science, 2003.

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De acordo com Rumizen (2002, p. 9), gestão do conhecimento é “o processo sistemático pela qual o conhecimento necessário para uma organização de sucesso é criado, capturado, compartilhado e alavancado”.

RUMIZEN, M. C. The Complete Idiot’s Guide to Knowledge Management. Indianapolis: Penguin Group, 2002.

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"A palavra "filosofia" provém da língua grega e significa amor à sabedoria ou, em outras palavras, aspiração ao saber, ao conhecimento." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"A filosofia assume novamente o caráter de auto-reflexão, de visão de si do espírito. Ela aparece, antes de mais nada, como teoria do conhecimento, como fundamentação crítica do conhecimento científico." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"O conhecimento filosófico, dirigido à totalidade das coisas, é essencialmente distinto do conhecimento das ciências particulares, que vai ao encontro de domínios parciais da realidade." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Hessen (2000), explica que: "Enquanto a lógica investiga os princípios formais do conhecimento, as formas e leis gerais do pensamento humano, a teoria do conhecimento dirige-se aos pressupostos materiais mais gerais do conhecimento científico." 

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Também podemos, por isso, definir a teoria do conhecimento como a teoria do pensamento verdadeiro, por oposição à lógica, definida como a teoria do pensamento correto." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Costuma-se dividir a teoria do conhecimento em geral e especial. A primeira investiga a relação do pensamento com o objeto em geral. A segunda toma como objeto de uma investigação crítica os axiomas e conceitos fundamentais em que se exprime a referência de nosso pensamento aos objetos." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Segundo Libâneo (2002) “[...] o professor não pode ignorar tecnologias como a televisão, o vídeo, os veículos de informação, de comunicação de aprendizagem e de lazer, porque há muito tempo o professor e o livro didático deixaram de ser únicas fontes de conhecimentos”.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 13 ed. São. Paulo: Cortez, 2011.

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Hessen (2000) afirma que: "No conhecimento defrontam-se consciência e objeto, sujeito e objeto. O conhecimento aparece como uma relação entre esses dois elementos. Nessa relação, sujeito e objeto permanecem eternamente separados. O dualismo do sujeito e do objeto pertence à essência do conhecimento."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Desde o nascimento a criança está em constante interação com os adultos, que compartilham com ela seu modo de viver, de fazer as coisas, de dizer de pensar integrando-a aos significados que foram sendo produzidos e acumulados historicamente. As atividades que ela realiza, interpretadas pelos adultos, adquirem significado no sistema de comportamento social do grupo a que pertence (FONTANA, 1997, p. 57). 

FONTANA, Roseli Aparecida C.; CRUZ, Maria Nazaré da Psicologia e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.

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"A essência do conhecimento está estreitamente ligada ao conceito de verdade. Só o conhecimento verdadeiro é conhecimento efetivo. "Conhecimento não-verdadeiro" não é propriamente conhecimento, mas erro e engano." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Criar “é um processo existencial. Não lida apenas com pensamentos, nem somente com emoções, mas se origina nas profundezas do nosso ser, onde a emoção permeia os pensamentos ao mesmo tempo em que a inteligência estrutura, organiza as emoções. A ação criadora da forma torna inteligível, compreensível o mundo das emoções”. (FREIRE 2008. p.63). 

FREIRE, Madalena. Educador educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008. 

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Hessen afirma que: "para o dogmatismo, o conhecimento não chega a ser um problema, repousa sobre uma visão errônea da essência do conhecimento. O contato entre sujeito e objeto não pode parecer questionável se não se vê que o conhecimento apresenta-se numa relação."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"Para o ceticismo, o sujeito não seria capaz de apreender o objeto. O conhecimento como apreensão efetiva do objeto seria, segundo ele, impossível. Por isso, não podemos fazer juízo algum; ao contrário, devemos nos abster de toda e qualquer formulação de juízos." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"O subjetivismo, como seu nome já indica, restringe a validade da verdade ao sujeito que conhece e que julga." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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"O pragmatismo chega a esse deslocamento valorativo do conceito de verdade porque parte de uma determinada concepção da essência humana. Para ele, o homem é, antes de mais nada, um ser prático, dotado de vontade, ativo, e não um ser pensante, teórico." (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Quanto ao Criticismo, Hessen (2000) diz que: "Ele põe à prova toda afirmação da razão humana e nada aceita inconscientemente. Por toda parte pergunta sobre os fundamentos, e reclama da razão humana uma prestação de contas."

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Os pais que modelam, controlam e avaliam o conhecimento do filho de acordo com regras de conduta estabelecida e absoluta, estimam a obediência e são a favor de medidas punitivas para lidar com a criança que entra em conflito com o que pensam ser certo. (MONTANDON, 2005, p. 2).

MONTANDON, Cléopâtre. As práticas educativas parentais e a experiência das crianças. Educação e Sociedade, Campinas, v.26, n.91, [s. p inicial-final], maio/ago. 2005. 

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Quanto mais se exercitem os educandos no arquivamento dos depósitos que lhes são feitos, tanto menos desenvolverão em si a consciência crítica de que resultaria a sua inserção no mundo, como transformadores dele. Como sujeitos. (FREIRE, 1987, p.60).

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ªed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

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Reconhecer ou não a validade de um conhecimento intuitivo ao lado do racional e discursivo é algo que depende, sobretudo de como se pensa a respeito da essência do homem. Quem vê o homem como um ser exclusiva ou preponderantemente teórico, cuja função é pensar, também irá reconhecer apenas o conhecimento racional como válido. (HESSEN, 2000).

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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